Crônicas de Nárnia: Principe Caspian



Taí um filme inspirado em livro que tem a grande possibilidade de ser considerado melhor do que a obra original. Lembro que antes da estréia passei na locadora para rever a primeira parte da história, e um cara que estava lá comentou que na epoca do lançamento ele não ia assisir mas quando viu marca da Disney ele mudou de ideiá, afinal "a Disney não joga para perder". O camarada foi feliz nessa frase, pois é realmente dificil de ver um filme da Disney ruim.
Com esse pensamento fui todo alegre ver o filme (até perdi metade de um festival de rock), e mesmo dublado achei que o filme ficou muuuuito bom!! Tive que esperar ler a historia para poder escrever essa resenha - já que feu trabalho comprar o volume único, tive que comprar os dois. E nessa adaptação vemos um filme muito mais adulto; os atores (hoje pelo menos uns 2 anos mais velhos) com uma atuação muito acima da boa perfomace anterior; o cenário impecável e efeitos que nos fazem sentir que aquilo tudo é real.
Ele conseguiram dosar a inocência e a violência que a historia necessitava - é muito interessante ver as mortes ocorrendo sucessivamente (mesmo quando voce não vê sangue), pois as crianças lutam como adultos o que torna tudo ainda mais verossímel. Interessante ver certos elementos da historia e comparar com o de outras historias, com o caso das arores que literamente andam e lutam de uma forma totalmente diferente do que Tolkien fez.
E antes de colocar a crítica do jornal Estado de Minas (que possui linhas muito mais profissionais do que a minha) quero destacar um dos vários pontos altos: a invasão mal sucessedida ao castelo do tio de Caspian, foi perfeita mesmo não existindo no livro... é angustiante ver o despespero e agonia do narnianos que não conseguem escapar, sem contar que toda a luta naquele clima escuro, cinza e noturno foi de arrepiar...
Enfim um fim muito bom! E que venha as sequencias...



Publicado em 1951, Príncipe Caspian foi o segundo livro que o escritor irlandês C. S. Lewis (1898-1963) escreveu para sua série As crônicas de Nárnia. Na cronologia de Nárnia, é a quarta das sete aventuras (embora O cavalo e seu menino e O sobrinho do mago tenham sido publicados depois, sua ação é anterior às peripécias de Caspian).

Se a adaptação cinematográfica apresentar metade do que Lewis apresenta em seu livro, há bom motivos para se esperar um filme que agrade ao espectador comum, que associa a idéia de filme de fantasia à ação e à aventura: é que Príncipe Caspian disputa com o volume seguinte, A viagem do Peregrino da Alvorada, a posição de capítulo mais cheio de peripécias em toda a saga. O livro se destaca, também, como aquele em que Lewis apresentou com mais nitidez suas idéias sobre política – principalmente os vínculos entre política e religião, e a maneira como representações são construídas para garantir o poder a determinados grupos ou pessoas.

Em Príncipe Caspian, as crianças Pevensie – Pedro, Susana, Edmundo e Lúcia – retornam a Nárnia, que ajudaram a libertar em O leão, a feiticeira e o guarda-roupa. Como o tempo em Nárnia corre em velocidade diferente do nosso, séculos se passaram desde sua primeira visita. Durante sua ausência, uma grande população de humanos ocupou boa parte do país, e as criaturas fantásticas e animais falantes foram praticamente expulsos, não apenas no sentido físico (ocupam os territórios mais ermos e menos conhecidos), mas também conceitual: o novo rei de Nárnia impede os contatos com eles e luta para convencer seus súditos que os antigos habitantes do lugar são apenas lendas. Os Pevensie, com ajuda dos antigos habitantes de Nárnia, precisam ajudar Caspian, sobrinho do rei, herdeiro do trono e admirador da velha ordem, a recuperar seus direitos.

É fácil perceber, nos livros, o quanto C. S. Lewis se deixou apaixonar por Caspian e se identifica com ele. Em Príncipe Caspian, não se importa que o novo herói ofusque os Pevensie, que o leitor já conhece do filme anterior. Caspian é um homem em busca da verdade, mesmo se a maioria das pessoas ao redor insistem em apoiar uma mentira. Sua fé não conhece limites, mesmo se por causa dela Caspian pode ser despojado de seus direitos, mesmo se sua vida é ameaçada. Se lembrarmos na força da fé de Lewis e em sua crença num cristianismo puro, despido dos excessos que muitas igrejas cristãs incorporaram ao longo dos séculos, é fácil ver seu Caspian como uma encarnação dos santos da antigüidade, dispostos até mesmo ao martírio em nome de suas convicções. A força de Caspian se estende aos livros seguintes: ele é também o herói de A viagem do Peregrino da Alvorada, e redime Eustáquio, personagem apresentada neste livro, de seu ceticismo e indisciplina. Em A cadeira de prata, já envelhecido, ele é mero coadjuvante, mas é a lembrança da amizade dos dois que leva Eustáquio a enfrentar perigos e salvar Rilian, o filho desaparecido de Caspian.

Para interpretar o herói, a produção de Príncipe Caspian chamou uma das boas promessas da nova geração do cinema de língua inglesa: Ben Barnes, que convenceu muita gente que seria o astro de Stardust pela força dos poucos minutos em que aparece no início do filme. Tem mais gente apostando no rapaz inglês de 26 anos: ele vai interpretar o papel-título na nova versão cinematográfica de um dos mais célebres romances de todos os tempos, O retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde. É uma aposta para os produtores de Príncipe Caspian também: ao contrário do que costuma ocorrer em superproduções, o filme não tem intérpretes de peso em papéis coadjuvantes – a figura mais célebre do elenco é Liam Neeson (A lista de Schindler), e ainda assim, apenas como a voz do leão Aslan – ou seja, quem assistir à versão dublada em português nem ao menos saberá que ele integrou o elenco.

Comentários

  1. Eu comprei o livro - volume único - mas ainda nao tive coragem de começar a ler, estou perdida em outras leituras até então.

    E eu só assistos filmes baseados e livros, depois de ler o livro. rs
    Preciso me apressar!

    bjs

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