Quod me nutrit me destruit

Ainda sob efeitos do dementadores fico pensando o quão solitário venho me tornando. Já nem me preocupo mais com isso [o que também é um motivo para me preocupar, mas será que me preocupo?]. Depois de tentar reunir uma boa parte do pessoal que estudou comigo no Ordem e Progresso - já que em dois e meio praticamente não houve tentativa de reunir muitos no mesmo lugar - não conseguir sair feliz, bem ao contrário foi o resultado.

Domingo fomos ao zôo ver o recentemente inaugurado Jardim Japonês. Todos acharam a ideia maravilhosa quando ficaram sabendo e ninguém se opôs ou sugeriu outro local (coisa que eu esperava e que acataria com toda a alegria - tendo em vista que as minhas ideia são cults demais ou alternativas demais, como o caso do zoo...) e sinceramente me surpreendi quando muitos falaram que ia... Mas é aquela coisa, não posso ter muita esperança, as coisas comigo nunca são fáceis e para provar tal coisa uma boa parte do pessoal de sexta até domingo resolver avisar que não iria. Se eu falar que fiquei chateado, é mentira. Levei na boa, afinal tenho aprendido a duras penas a "levar bolos" e "não contar com que dê certo"... não criar expectativas evita decepções, afinal não se deve querer que as pessoas hajam de acordo com nossa cabeça.

Porém ter que aguentar reclamação de todos (os poucos) que foram é foda. Se ninguém queria ir para lá, porque não sugeriram outro lugar? Por que falaram que tava tudo bem? E já que estavámos todos lá, porque não aproveitar? E por que não fazer o que todos queriam (ou diziam que queriam), sair de lá e ir para um bar?
E olha que isso tudo ainda não me chateou... mas é engraçado ouvir comentarios de alguns sobre o um passeio ao zoo na época do colégio - para mim fica aquela impressão qual a diferença do pessoal daquele passeio para os de agora? O que eles tinham de melhor? - nessas horas fica quase que impossível de não seguir a teoria das conspiração e achar que o problema começa comigo... [mas ainda assim a gente tenta seguir pelo melhor caminho]
Já que tava ruim, então vamos todos embora - vendo aquelas expressões de desgosto como se falassem: " - Perdi meu tempo por causa dele!" - e eu, altista por opção, sabendo que se eu fosse querer companhia iria ficar esperando, fui direto ao shopping Cidade assistir pela segunda vez (a primeira foi na estréia, na sexta anterios) Batman: Cavaleiro das Trevas. E quando tava indo embora eu encontrei a Laís e fui para casa junto com ela.
Quando disse que até então não tava chateado era verdade, pois foi nessa conversa com a Laís que me dia foi embora. Por que? Bem, ela sugeriu para marcar de sair a noite com os meninos e tal, e eu disse que por mim estava ok, só que não tomaria a iniciativa para não correr o risco de ninguém botar defeito (pelos motivos citados acima); aí ela disse que nunca ia nos lugares (minha resposta: para ir, eu tinha que ser convidado!) e que o Matheus falou que eu não era chamado por não gostar de sair a noite e nem de ir nos mesmos lugares que eles...
Imaginem: espanto, decepção e raiva - nessa ordem e sem demonstrar um pingo desses sentimentos! Esse era eu... Quando que tais fatos ocorreram? Por Deus que não consigo me lembrar. Tanto que uma das minhas maiores reclamações é não ver o povo. Isso quando não ocorre de saber por terceiros que uma galera ou outra se reuniu... só espanto, decepção, raiva e solidão...
Daquele texto que escrevi há um ano e meio - que comoveu alguns - quase nada mudou, talvez até tenha piorado... Quod me nutrit me destruit! Há muito adotei essa frase. E nunca ninguém entendeu realmente... Amigos: minha base, meu alicerce, me sustento e ao mesmo tempo minha destruição...
Triste e só. Quod me nutrit me destruit...

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