Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal



O que falar da continuação de um filme que além de pioneiro foi um sucesso estrondoso? Não vou ser muito longo - afinal estou muito atrasado em 'minhas resenhas' ( e como quero falar sobre o filme do Zé do Caixão) - pois vou seguir com a maioria: é um otimo filme!!!
Afinal juntar dois mestres: Steven Spielberg e George Lucas (na direção e produção); filmar o filme a moda antiga e mantendo tudo deu certo de todo a franquia, só podia resultar num ótimo resultado. Pessoalmente, mesmo com todos os defeitos apresentados pela crítica, acho que o resultado geral vale o ingresso (não é todo dia que eu assisto à um filme e me dobro de rir na poltrona), ou seja: de 0 a 5 a minha nota seria 4
A critica abaixo foi tirada do blog: http://cinematoca.blogspot.com/



INDIANA JONES E O REINO DA CAVEIRA DE CRISTAL (Indiana Jones and the Kingdom of the Crystal Skull, EUA, 2008) **

Dirigido por Steven Spielberg. Com: Harrison Ford, Cate Blanchett, Karen Allen, Shia LaBeouf, Ray Winstone, John Hurt, Jim Broadbent, Igor Jijikine, Alan Dale.

Dezenove anos se passaram para Steven Spielberg voltar à série que fez bastante sucesso no passado: a de Indiana Jones. Desta vez, o personagem mudou um bocado, embora sua essência continue a mesma. Envelhecido, ele viu os nazistas amargarem a derrota na Segunda Guerra Mundial e serem trocados pelos comunistas na Guerra Fria. Teve que suportar a morte de seu pai, Henry Jones, e de seu amigo, Marcus Brody. Sem contar que está prestes a perder o emprego na universidade.

“Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal” coloca o herói no meio da floresta amazônica atrás do fatídico crânio, que não se parece muito com o de um ser humano. Ajudando-o, tem-se o jovem Mutt Williams (LaBeouf), síntese perfeita daquela época, 1957, na sua idade. Na cola deles, aparece a ucraniana e coronel socialista Irina Spalko (Blanchett), que faz pesquisas de casos extraterrestres. Ainda, nesse bolo de amigos e inimigos, ora juntos, ora separados, para completar o círculo, tem-se a volta de Marion Ravenwood (Allen), ex-namorada de Indy e mãe de Mutt, e Mac (Winstone), como o ambíguo explorador que muda de lado toda a hora e ajuda a confirmar ainda mais a fama de Indiana como um dos personagens mais feitos de bobo do cinema.

Um pouco do que tinha de melhor nos filmes anteriores foi aproveitado aqui, propiciando uma segurança maior ao público, que quer ver o bom e velho (agora, mais do que nunca) protagonista. Contudo, há elementos que se enfraquecem em seu retorno, como Marion, que não se destaca, sendo apenas mais uma peça da nostalgia impregnada na narrativa, e as piadas, saídas de uma caixa cheias de teias de aranha (embora algumas funcionem).

Steven Spielberg e seus roteiristas fazem tudo maior e não medem esforços para que isso seja notado, o que não é um bom sinal. Muita computação gráfica é usada, tornando o universo do filme mais irreal do que já é. Se o ataque das formigas gigantes criadas pelo computador é angustiante, o mesmo não se pode dizer da perseguição de carros no meio da selva. Esta seqüência é afobada, em que a produção de adrenalina parece importar mais do que o método em sair daquela enrascada. Mutt imita Tarzan, pulando em cipós e acompanhado de macaquinhos, em uma cena de pura vergonha alheia, enquanto o resto da “família” Jones se suporta, numa luta descomunal contra Irina e seus descartáveis capangas, através de veículos em movimento, passando por uma traiçoeira vegetação.

A saga de “O Reino da Caveira de Cristal” mistura fuga com chegada a um objetivo sem nunca oferecer um real risco de perigo. Os obstáculos até parecem brinquedos de um parque de diversões. As falhas são mais claras nos encontros entre o grupo de Irina com o de Jones que, francamente, parecem levar a poucos lugares. A cena em que o grupo “do bem” tenta fugir e acaba encontrando um trecho com areia movediça, abandonando-se o contexto cômico, não tem utilidade alguma, já que eles voltam a ser capturados. No meio disso, surge o professor Harold Oxley (Hurt), que sabe um bocado sobre a peça que estão procurando, mas não ajuda muito por seu recente quadro de insanidade mental. Sua figura é uma das coisas mais aborrecidas do longa, ajudando em ínfimos momentos.

Harrison Ford teve sua estrela no passado e poderia ter bem convivido com sua idade avançada nesta nova empreitada. Contudo, logo na introdução, vê-se algo oposto, com seu personagem dando saltos como se fosse algumas décadas mais jovem. A seguir, vê-se um homem amargo, que reclama e sabe de suas limitações, num completo paradoxo. Isso ainda é mais sentido quando ele contracena com Shia LaBeouf, que se esforça demais ao tentar se aproximar do nobre arqueólogo. Cate Blanchett, por sua vez, faz uma vilã previsivelmente caricatural, mas é fraca em seus atos, nunca oferecendo perigo aos seus adversários.

O desfecho não é um dos mais empolgantes. Na realidade, é exagerado em conteúdo como muito do que foi visto anteriormente. Desonra até a simplicidade de “filme B” que a série possuía, há quase duas décadas. Dito isso e conferido, percebe-se que ela não tem mais onde chegar com o personagem de Ford. Ele já foi atrás de relíquias da Igreja Católica e aqui, conseguiu subir no único degrau possível além do já conquistado em outras oportunidades. É hora de envelhecer em paz, porque essa volta às antigas não foi tão boa assim.

Comentários

  1. Primeiro comentário! Que legal!!
    Em primeiro lugar, quero pedir desculpas por não aparecer por aqui antes... realmente demorei muito para postar! Estava enrolada com trabalho, família, etc etc, mas estou de volta (espero eu)!
    Bom, Indiana Jones eu vi no cinema e adorei! É diversão mesmo, e tinha que ser assim. Teve gente que saiu do cinema falando que as cenas de efeitos especiais eram fracas. Eu não concordo! Tinha que ser desse jeito, senão não seria um filme do Indi...
    E assim como vc, também estou fazendo contagem regressiva para o próximo HP, rs.

    Até mais!

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