Muito mais que marvada
Cachaça: Bebida produzida em Minas é referência mundial; saber identificar uma boa pinga exige conhecimento
Erickson Aranda
Minas Gerais é referência quando o assunto é cachaça. De acordo com dados da Federação Nacional das Associações dos Produtores de Cachaça de Alambique (Fenaca) e da Secretaria Estadual da Agricultura, o Estado é o maior produtor de aguardente do país, com cerca de 9.000 alambiques e produção anual de 260 milhões de litros da bebida.
E a variedade de aguardentes encontrada por aqui é imensa. Elas podem ser branquinhas ou ter diversos tons de amarelo, o que depende do tempo de envelhecimento. O tipo da madeira utilizada nos barris também atribui diferentes sabores à cachaça.
E a variedade de aguardentes encontrada por aqui é imensa. Elas podem ser branquinhas ou ter diversos tons de amarelo, o que depende do tempo de envelhecimento. O tipo da madeira utilizada nos barris também atribui diferentes sabores à cachaça.
Em meio a toda essa diversidade, a dúvida é como identificar uma aguardente de boa qualidade. O assessor técnico da Fenaca, Paulo Eustáquio Ferreira, explica que o principal é saber que a bebida mineira é produzida de forma artesanal, em alambiques de cobre. E é justamente por causa do processo de destilação que goteja lentamente pelos alambiques que por aqui a cachaça é conhecida como pinga.
utro Estado que se destaca na produção de cachaça é São Paulo. Mas ao contrário da pinga, a bebida paulista é produzida de maneira industrial, em larga escala, e ganha o nome de cachaça de coluna. "São produtos distintos. Não podemos dizer que uma é melhor que a outra", explica Ferreira.
Ele lembra que em Minas Gerais há uma lei estadual que normatiza a produção da cachaça. A legislação determina que a pinga não pode ser produzida com cana-de-açúcar que tenha sido queimada durante o processo de colheita e nenhum aditivo químico pode ser usado no processo de fermentação.
Ferreira explica ainda que uma cachaça de qualidade tem sabor e aroma suaves. "Quando a pinga causa muito ardor na garganta é sinal de que ela tem acidez elevada, o que pode ser o resultado de uma falha na fermentação".
Ele lembra que em Minas Gerais há uma lei estadual que normatiza a produção da cachaça. A legislação determina que a pinga não pode ser produzida com cana-de-açúcar que tenha sido queimada durante o processo de colheita e nenhum aditivo químico pode ser usado no processo de fermentação.
Ferreira explica ainda que uma cachaça de qualidade tem sabor e aroma suaves. "Quando a pinga causa muito ardor na garganta é sinal de que ela tem acidez elevada, o que pode ser o resultado de uma falha na fermentação".
Para quem prefere uma cachaça mais leve a, dica é dar preferência para as envelhecidas, que podem ter até um leve sabor adocicado como é o caso das pingas armazenadas em toneis de imburana (ou umburana).
Cachaça: Bebida produzida em Minas é referência mundial; saber identificar uma boa pinga exige conhecimento
FONTE: Reportagem publicada na Edição nº 4772 do jornal O Tempo, em 08/01/2010
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